quarta-feira, 4 de maio de 2011

Não imaginas o quanto dói crescer longe daquilo que te pertenceu em criança. Vagas memórias duma infância feliz é o que me resta de ti, do que foste para mim e do que serás eternamente, porque afinal é o que sei de ti e é a única recordação que tenho tua. Sei que te encontras para lá duma meta alcançável e sei que por muito forte que seja não conseguirei mais chegar até ti.
Lembro-me como se fosse hoje do dia da tua partida, e gostava estar presente no teu ultimo “adeus”, gostava de ter feito algo em teu favor, algo para que o futuro fosse melhor e não tão imprevisível. Mas naquele momento foste invencível mesmo aos teus medos e fizeras o que ninguém esperava e todos podiam temer. Digo-te que foi um dos dias mais tristes da minha vida, e é um peso que guardo na consciência. O sofrimento daqueles que um dia te rodearam ainda hoje é recordado e dentro de breve fazer-se-á um ano em que já não pisas o mesmo chão de que todos nós. Será um ano atrás de outro, porque teremos de nos mentalizar que só aí te iremos celebrar, de resto serão apenas dias em vão com a tua memória. Já não me pergunto mais o porque de teres sido tu. O porque de o teres de feito. Pois só tu sabes o que sentis-te e apenas tu tiveste as tuas razões!  
Não pensas-te naquele que te um dia teve como um herói, aquele que te via como exemplo, mesmo estando a par de toda a situação inútil que se tornara o teu pesadelo, não pensas-te nele mas estas ciente que ele pensou muito em ti, e foi ele o ser mais ingénuo e indefeso que nos deu apoio e palavras reconfortantes, palavras essas que serão sempre recordadas: ‘não fiquem tristes, mas sim pensem que ele está finalmente feliz’. O teu irmão João, o teu irmão precisara de ti neste momento e tu não estas. Ele tem muito orgulho em ti, tal como todos nós CAMPEÃO

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